Meditação xamânica
Meditação xamânica
Nota introdutória: Jacobo Grinberg-Zylberbaum é um dos mais controvertidos cientistas mexicanos, professor da Universidade Nacional Autônoma do México. Estudou o cérebro de vários xamãs, e desenvolveu algumas teorias, partindo do princípio de que estamos todos interligados, e que os processos de cura dos xamãs se dão porque eles conseguem acessar uma espécie de "matriz informacional" e mudá-la alterando a realidade.
Foi ajudante de Doña Pachita, uma curandeira cega, conhecida pelo nome de Barbara Guerrero, que quando jovem foi cantora de cabaret, vendedora de tickets de loteria e lutou ao lado de Pancho Villa. Pachita, em transe, dizia receber o espírito de Cuahutemoc, sobrinho do governante asteca Montezuma, e realizava práticas cirúrgicas. Trabalhou e observou vários outros xamãs mexicanos, entre eles Don Panchito de Yucatan e Don Lucio de Morelos. Teve relações estreitas com Carlos Castaneda e seu grupo. Sumiu misteriosamente durante uma viagem ao Nepal. Nunca mais foi visto desde dezembro de 1994 .
Menkaiká
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Existe uma grande quantidade de técnicas de meditação utilizadas pelos xamãs mexicanos. Cada linhagem de xamãs pratica técnicas específicas que têm sua origem em períodos remotos.
Os xamãs mexicanos utilizam estas técnicas de meditação para purificarem-se e se prepararem para seus trabalhos de cura ou em seus trabalhos como psicólogos autóctones. A seguir, explica-se algumas dessas técnicas de meditação tal e como as usam os xamãs referidos no texto.
Meditação Olmeca
Os Olmecas foram um povo altamente desenvolvido que acreditavam que o verdadeiro significado da existência consistia em participar, propiciando a manutenção e o desenvolvimento da ordem Cósmica.
Existem evidências que indicam que os Olmecas desenvolveram sistemas meditativos cujas instruções se encontram gravadas nas grandes estátuas de pedra que esculpiram. Possivelmente, eles foram os originadores do xamanismo no México, cujos representantes, todavia existem.
A meditação Olmeca implica em um manejo corporal muito interessante no qual se tem um efeito vitalizador, de rejuvenescimento e de manutenção de um estado de saúde ótimo. De fato, se diz que a meditação Olmeca se praticada de forma constante durante cinco anos, seu efeito é o de manter, em forma permanente, a juventude.
Para praticar a meditação Olmeca, se utiliza a postura sentada, com as costas retas. O meditador começa fixando a atenção do seu corpo, concentrando-se primeiro em sua coluna vertebral. Visualiza esta última e imagina uma luz, ou energia que gira ao redor da coluna, em direção contrária ao dos ponteiros do relógio, ou seja, para a esquerda. Este giro se realiza por toda coluna, desde sua base até sua inserção no crânio. O giro se faz envolta da coluna de cima para baixo, de baixo para cima, até estendê-lo por toda a extensão da mesma. Na medida em que o giro exterior continua, tenta-se penetrar na coluna vertebral fazendo-a girar para a esquerda - mas em seu interior.
Se o meditador tem êxito, logo notará que toda sua coluna vertebral manifesta um giro sustentado para a esquerda em toda sua extensão e longitude. Quando se alcança isto, então a atenção se fixa no cérebro, também o fazendo girar para a esquerda. O giro cerebral se inicia com uma estratégia similar à utilizada na coluna vertebral; ou seja, primeiro o meditador visualiza uma luz ou energia que rodeia o cérebro girando para a esquerda e pouco a pouco faz o giro penetrar até o interior da massa cerebral, até que cubra toda ela, em cada uma de suas partes, gire para a esquerda.
Mais adiante, utilizando um procedimento similar, se atende a cada órgão do corpo: coração, pulmões, estômago, intestinos, órgãos genitais, etc, e os faz girar para a esquerda.
Por último, o giro se estende para as pernas, braços, tórax e, geralmente, a todo o corpo.
Não existe limite de tempo para manter o giro para a esquerda, ainda que se recomende dois períodos de giro de vinte minutos cada um, como mínimo suficiente para começar a sentir os benefícios derivados desta prática.
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